sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Dicas de livros


Honoráveis Bandidos - Um retrato do Brasil na era Sarney

Pela primeira vez em livro, um jornalista – Palmério Dória, um veterano do jornalismo investigativo – reconstrói toda a insólita trajetória do ex-governador do Maranhão, ex-presidente da República e atual senador José Sarney. Sua vida, seus negócios, seu destino – presidente da República por acaso – sua família, amigos e correligionários, todos envolvidos numa teia cujos meandros os jornais e revistas revelaram nos últimos meses – sem a riqueza de detalhes e revelações surpreendentes agora contidas em livro.

Obediente às regras do “bom e verdadeiro jornalismo”, Palmério faz um implacável retrato do poderoso coronel de maneira transparente e inteligente. Neste livro o leitor vai saber como Sarney consegue envolver tanta gente na sua teia





Frankenstein

Mary Shelley
Tradução: Ruy Castro
Cia das Letras; São Paulo,1998 – 131 p.

Eu recomendo a leitura desse livro pois ele é muito interessante , principalmente para quem gosta de suspense e ficção-científica.

A história , apesar de ter sido publicada em 1818, é extremamente atual e nesta tradução foi dividida em quatro partes:

a) A narrativa do estudante de química, biologia, filosofia natural e anatomia, o Dr. Victor Frankenstein, que constrói um ser horripilante – a criatura.


b) A narrativa do monstro, que conta do seu ponto de vista o porquê dele querer se vingar e agir tão agressivamente.

c) A continuação da narrativa do Dr. Frankenstein.

d) Diário do comandante Walton, a bordo do Archangel.

Leia e conheça um dos personagens mais famosos da literatura de horror

Dicas de Português

Sempre que falo minha profissão, algumas pessoas questionam sobre o modo de empregar algumas palavras, verbos ou expressões; por isso, resolvi postar algumas dicas para vocês.

Estas são dúvidas BASTANTE frequentes:



Tenho bastante problemas ou Tenho bastantes problemas?

Bastante, como muito, pode funcionar seja como advérbio, sendo então invariável, seja como adjetivo, devendo então concordar com o substantivo a que se refere. Quando houver dúvida em relação a bastante antes de palavra no plural, pode-se colocar muito no lugar. Se muito for para o plural, o mesmo deverá ocorrer com bastante: Tenho bastantes (muitos) problemas. Elas estão bastante (muito) cansadas.

Houveram problemas ou Houve problemas?

O verbo haver, no sentido de “existir”, é impessoal, ou seja, não tem sujeito e deve aparecer sempre na terceira pessoa do singular. Portanto, a forma correta é Houve problemas, sendo problemas o complemento (objeto) do verbo, não seu sujeito. A flexão indevida de haver é muito freqüente no Brasil, mas nunca ocorre quando o verbo se encontra no presente, só em outros tempos.

Com efeito, ninguém diria Hão dificuldades, mas dizem, equivocadamente, Haviam ou Haverão dificuldades. Atenção: se se tratar de locução verbal, o verbo auxiliar será afetado pela mesma impessoalidade, ou seja, deverá sempre ser flexionado no singular: Deve haver mais candidatos, Poderá haver outras exigências.

Namorar com alguém ou Namorar alguém?

Na tradição da língua, o verbo namorar é transitivo direto, ou seja, seu complemento não deve acompanhar-se de preposição. Assim, os chamados “puristas” condenam a construção namorar com ela, pois o “correto” seria namorá-la. Ocorre, porém, que namorar com é o mais usual no Brasil, aparecendo mesmo em escritores recentes.


Portanto quem quiser falar conforme a língua-padrão tradicional dirá namorá-lo(a); quem não quiser fugir dos hábitos coloquiais brasileiros dirá namorar com ele (ela).

Obrigado ou Obrigada?

Obrigado(a) é a forma reduzida de Estou obrigado(a) a você, ou seja, devo obrigação a você. Portanto, o adjetivo (particípio do verbo obrigar) deve concordar em gênero e número com o sujeito, de que é predicativo. Assim, uma mulher dirá Obrigada. Se se tratar de vários homens ou homens e mulheres, impõe-se o plural Obrigados; se forem apenas mulheres, Obrigadas.

Se você o ver ou Se você o vir?

O futuro do subjuntivo (se eu comprar, quando ele for) forma-se a partir do pretérito perfeito do indicativo. Encontra-se o radical do perfeito retirando-se a terminação –ste da segunda pessoa do singular. No caso do verbo ser, o perfeito é fui, fo-ste. Daí o futuro do subjuntivo (quando/se eu) fo-r, (tu) fo-res, (ele) fo-r, (nós) fo-rmos, (vós) fo-rdes, (eles) fo-rem.

No caso de ver, o perfeito é vi, vi-ste. Daí o futuro do subjuntivo vi-r, vi-res, vi-r, vi-rmos, vi-rdes, vi-rem. Quanto ao verbo vir, cujo perfeito é vim, vie-ste, o futuro do subjuntivo é vier, vieres... Assim, o correto é se você o vir; quando eu vier; quando ele disser; se eles estiverem.